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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Manacapuru – Iranduba

Manacapuru – Iranduba

Hiram Reis e Silva, Manaus, Amazonas, 11 de março de 2013.

“Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam”. (Henry Ford)

Estava fotografando e realizando algumas filmagens do alto da escadaria que conduz ao tobo-água do Paraíso D’Angelo quando fui surpreendido com o irritante ruído de um jet-ski que cruzava o Lago velozmente. É impressionante notar a omissão e mesmo a conivência das autoridades ligadas ao meio-ambiente em relação a estes rapinantes motorizados, por isso, vale a pena reproduzir, novamente, a minuta que relata de maneira enfática os danos produzidos por estes equipamentos.

-  Infrações Ambientais do Jet-ski
   Fonte: Minuta Sobre o Jet-Ski no Capingui

Os jet-skis possuem motores de “dois tempos”, altamente poluentes, que lançam junto com o jato do turbo em torno de 10 (dez) litros de gasolina com óleo na água em aproximadamente 2 (duas) horas de tráfego. Conforme estudo da California Air Resources Board, órgão que controla a poluição nos Estados Unidos, os jet-skis potentes e desregulados jogam até 30% do combustível misturado ao óleo diretamente na água, sem queimar, aumentando consideravelmente os indicadores poluentes. Se apenas 10 jet-skis andarem duas horas no final de semana, serão 100 (cem) litros de gasolina com óleo lançados. Os jatos dos jet-skis, além de poluírem e atingirem as encostas e margens revolvem os sedimentos do fundo, impregnando-os com o óleo, sem que se possa removê-lo posteriormente; se transformam em resíduos permanentes. Consequentemente, o fundo passa a ser composto pelo sedimento e pelo poluente lançado pelo turbo. Esse crime ambiental se agrava com as manobras de “empinamento”, “cavalos-de-pau”, dos pilotos de jet-ski, os quais fazem com que os jatos incidam diretamente no fundo, com o revolvimento completo de seus sedimentos, em especial nas demonstrações em águas rasas. Por essa razão, onde os jet-skis andam, as águas ficam “barrentas”. Em concentrações de jets, em áreas com profundidade média de 12 metros, já se comprovou a formação de “áreas barrentas”. Fato gravíssimo é que o jet-ski funciona como um “misturador” nas áreas em que trafega. Todos os poluentes lançados pelas demais embarcações - e que permanecem flutuantes - são revolvidos e, quando os turbos remexem os fundos ou as margens, são também misturados com os sedimentos. A violência dos turbos rebenta os ovos dos peixes e mata os alevinos.

Os jet-skis são máquinas de múltiplos impactos, pois, conforme os últimos modelos podem alcançar mais de 100 km/h. Até a sua invenção não se conhecia outra máquina em termos de poluição sonora, poluição da água, problemas à natureza e segurança nas vias navegáveis. Além da gravidade da poluição do meio ambiente, os jet-skis produzem ruídos na faixa de 85 a 105 dB (decibéis). Os indicadores de saúde recomendam protetores auriculares em ambientes com nível acima de 85 dB. Além disso, quando o jato sai para fora d’água, o ruído muda de intensidade e tom, reproduzindo o ruído de moto-serra. O ruído perturba muito mais do que sons constantes. Além de prejudicial aos humanos, conforme Joanna Burger, da Universidade Rutgers de Nova Jersey, o ruído dos jet-skis assusta e espanta os animais 6 (seis) vezes mais do que barcos com motor de popa.

-  Partida para Iranduba (09.03.2013)

Como Iranduba ficava a pouco mais de quatro horas de remo desde o Lago Miriti, resolvemos tomar o café no Paraíso D’Angelo antes de partir, não havia pressa em deixar as confortáveis instalações do Paraíso D’Angelo. Aprontamos as embarcações para partir logo após o café e ficamos aguardando o café que foi servido pontualmente às 07h30. O amigo D’Angelo, e seu secretário foram gentilmente se despedir dos expedicionários. O Mestre João Saraiva D’Ângelo é um destes homens à frente de seu tempo capaz de planejar e/ou executar os mais diversos projetos das mais diversas áreas ao mesmo tempo.

Partimos, sem pressa, admirando a beleza natural do Lago Miriti, que infelizmente tem sofrido, ao longo dos anos, com as investidas humanas e descaso das autoridades. Depois de quatro horas de remo aportamos em Iranduba. Ao lado do Porto construído pelo DNIT telefonei para meu amigo e irmão General Fraxe para lhe expressar meu apoio. O General Fraxe, agora à frente do DNIT, não foi promovido a General de Exército, disse-lhe que o Exército Brasileiro perdia a oportunidade de ter em seus quadros um Oficial General da mais alta estirpe, mas que, em contrapartida, ganhava o Brasil por poder continuar contando com seus serviços ligados à nossa carente infra-estrutura de transportes.

A PM que nos alojou no seu aquartelamento e depois de instalados fomos almoçar no restaurante “O Canoeiro”, escolhido não por seu sugestivo nome, mas pela proximidade física do quartel da PM. Fizemos contato com o senhor José Raimundo, conhecido como “J. Raí”, que nos entrevistou na Praça principal da cidade e mais tarde nos acompanhou até a farmácia do Levenílson Mendonça da Silva, o “Lei”, que na descida do Solimões nos acompanhara numa visita ao sítio Hatahara onde estavam realizando escavações arqueológicas.


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