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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Anamã – Manacapuru

Anamã – Manacapuru

Hiram Reis e Silva, Manacapuru, Amazonas, 08 de março de 2013.

Em Manacapuru costumam dizer que:
“Quem bebe a água do Meriti nunca mais sai daqui”

-  Partida para Manacapuru (07.03.2013)

Acordamos mais tarde, às 05h00, o braço do Lago Anamã que permite acessar o Rio Solimões precisava ser abordado com um mínimo de luz para podermos vislumbrar as curvas e optar por remar pela parte de dentro das mesmas evitando a correnteza forte que iríamos encontrar por aproximadamente 4,5 km. Não solicitamos apoio motorizado da PM tendo em vista que a distância do hotel até nossas embarcações era relativamente pequena. Partimos às 05h40min, enfrentando uma considerável correnteza contra, mantendo uma média de 4,0km/h durante quase uma hora que levamos para atingir a sua Boca no Solimões.

A chuva intermitente da tarde anterior intensificou-se durante a madrugada e nos acompanhou durante todo o trajeto. Avistamos uma grande Ilha defronte a Manacapuru por volta das 11 horas, antigamente conhecida pelo nome de Ilha de Manacapuru, que foi engolida e levada pelas águas na década de 60. Vinte anos depois, o Rio iniciou sua reconstrução com uma grande praia, hoje conhecida pelo nome de Ilha de Santo Antônio.

Eu havia locado a Boca do Lago Miriti no meu GPS, mas acostumado com as ações tumultuárias do Solimões enviei o Mário à minha frente para confirmar com os moradores a localização exata. Chegamos junto à Boca do Miriti confirmando a posição exata obtida no Google Earth.

Notamos a pujança do Lago depois de remarmos algumas centenas de metros ao observar que as águas se tornavam cada vez mais negras mostrando que o belo Lago não havia se deixado contaminar pelas barrentas águas do Solimões. Navegamos lentamente admirando essa pérola de Lago que atrai tanto os turistas à região. Nosso destino final era o Complexo Turístico Paraíso D”Ângelo.

- Manacapuru

Manacapuru é uma palavra de origem indígena derivada das expressões Manacá e Puru. Manacá é uma planta que significa, em tupi, Flor. Puru, da mesma origem, quer dizer enfeitado, matizado. Logo, Manacapuru quer dizer “Flor Matizada”.

Manacá-de-cheiro (Brunfelsia hopeana) - é extremamente perfumado e suas flores mudam de cor. Inicialmente elas são azul-arroxeadas e vão, lentamente, com o passar dos dias, clareando até tornarem-se brancas. Durante a floração, que ocorre na primavera e verão, as flores apresentam um colorido de diversos matizes. É um arbusto que pode atingir três metros de altura.

-  Paraíso D’Angelo

Dentre as várias opções de ecoturismo, ou locais agradáveis que existem na nossa imensa Amazônia, um, dentre todos, se destaca que é o “Complexo Turístico Paraíso D’Ângelo”, às margens do Miriti, com uma infraestrutura que inclui hotel, restaurante, cabanas, tobo-água, dentre outras. O ponto alto do Complexo e que mais chama a atenção é a serenidade de cada um de seus integrantes a começar pelo amigo D’Ângelo. Conversar com o senhor João Saraiva D’Ângelo, que se caracteriza como um “italiano-cearense-amazonense” (Itaceam) é um privilégio. Os entalhes do hotel “Itaceam”, o bom gosto da decoração do restaurante são realmente encantadores e em cada um destes lugares a marca D’Ângelo está presente.

Quando entrei em contato com o amigo D’Ângelo para dizer da nossa intenção de conseguir que a Prefeitura de Manacapuru patrocinasse nosso pernoite e alimentação nas suas instalações ele se ofendeu dizendo que eu e minha equipe éramos convidados pessoais dele. À noite, em entrevista à AmazonSat eles me perguntaram onde a minha expedição se encontrava e eu respondi no Paraíso e não estava mentindo.

- Festival das Cirandas

A Ciranda é uma dança em que os participantes, de mãos dadas, imitam o ondulado suave das ondas do mar. De origem portuguesa, é dançada em rodas e a música e a letra, originalmente lusitanas, foram totalmente abrasileiradas. A Ciranda chegou ao Brasil-Colônia pelas praias pernambucanas e, no final do século XIX, a Ciranda nordestina foi incorporada às manifestações culturais do Amazonas por Antônio Felício, na Cidade de Tefé. No início da década de 80, o senhor José Silvestre do Nascimento e Souza e a professora Perpétuo Socorro, organizaram a primeira Ciranda no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, em Manacapuru. Com o passar dos anos, a pequena manifestação local ganhou notoriedade no cenário folclórico regional e nacional e, em decorrência disso, foi criado, em 1997, o Parque do Ingá, destinado exclusivamente às Cirandas. A criação do anfiteatro, com capacidade para vinte mil pessoas, precipitou a idealização de um festival próprio, dirigido unicamente à apresentação das Cirandas. No mesmo ano da criação do Parque do Ingá, foi realizado o “I Festival de Cirandas de Manacapuru”, contando com as Cirandas Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura, quando então foi estabelecida uma data fixa para a realização do mesmo, o último final de semana do mês de agosto, sendo destinada uma noite para a apresentação de cada Ciranda.

-  Encerramento dos Trabalhos de Campo da Expedição GBM

Convidamos aos amigos que acompanharam fielmente nossa jornada cívica a comemorar nossa chegada às 15 horas, do dia 10 de março de 2013, no porto do Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia. Participe e\ou convide seus amigos a fazer parte da escolta fluvial no Rio Negro ou do congraçamento nas instalações do CECMA.


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