Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre. (Salmos 133:1-3)
- De Pé e à Ordem
Qual a definição da expressão “DE PÉ E À ORDEM”? Significa que, estando o Maçom em Loja “de pé e à ordem” ele estará fazendo o sinal do grau em que a Oficina da Arte Real está funcionando; de forma absolutamente correta. Que o Irmão ao dizer-se “de pé e à ordem” para outro irmão, (...) ele está dizendo que está pronto para receber e cumprir ordens e, principalmente, que o Maçom diz-se “DE PÉ E À ORDEM” por estar cônscio de suas obrigações para com a Sublime Ordem, a Família, a Pátria e a Humanidade. (Grão-Mestre Osvaldo Pereira Rocha)
- Desafio de um Amazônico Amigo
Enfim lanço um desafio ao Coronel Hiram para que realize como realizei (nunca de caiaque é claro), a viagem da Serra do Divisor (nascente dos Rio Amônea e Moa) pelo Juruá até Manaus; tenho certeza quase que absoluta que (...), em função da curiosidade sobre esse período desconhecido que vai reescrever as histórias do Estado do Acre e Militar na Amazônia, apoiaria integralmente esse Projeto de Pesquisa. (Coronel Eng Lauro Pastor)
Respondi imediatamente afirmado ao caro amigo que estava pronto para mais esta missão. Recomendava, porém, que se iniciasse a jornada do Juruá, da Foz do Breu até sua foz no Amazonas (2.975 km) e da Foz até Manaus pelo Solimões (mais 1.000 km), a partir de dezembro de 2012, período das cheias. Chegaríamos à região no início de dezembro para iniciar as pesquisas, havendo necessidade do caiaque já ter sido transportado, via fluvial de Santarém, PA, a Porto Velho, RO, por terra de Porto Velho, até Cruzeiro do Sul, AC, e via fluvial daí até a primeira comunidade brasileira às margens do Juruá que é Foz do Breu.
Calculo em cinco meses a descida até a foz do Juruá no Amazonas, considerando a subida pelo Amônea até a Serra do Divisor, e mais 24 dias até Manaus, sete meses mais ou menos. De agosto até dezembro fecharíamos as pesquisas e o livro relativo a esta jornada estaria pronto e editado.
Acho difícil que este sonho se transforme em realidade. As dificuldades encontradas até agora para viabilizar empreendimentos bem menores justificam meu pessimismo. Os tempos das descobertas e das expedições científicas parecem ter findado, o interesse das pessoas e das instituições migraram para outros temas.
Mesmo assim tenham certeza de que seria a realização de um ideal percorrer as mesmas águas em que se aventuraram, em 1905, o chefe da Comissão Mista Brasileira-Peruana de Reconhecimento de Reconhecimento do Rio Juruá General Belarmino Augusto de Mendonça Lobo.
– Rio Juruá, Amônea e Solimões (AC/AM)
Antes mesmo de ter sido confirmada a missão de Descida do Rio Juruá resolvi fechar meu planejamento consultando dois membros do Grupo Fluvial do 8° Batalhão de Engenharia de Construção (8° BEC), Soldados Mário Elder Guimarães Marinho e Marçal Washington Barbosa Santos, se aceitariam compor a equipe de apoio da referida descida. A resposta dos dois combatentes foi imediata: Positivo Comandante!
Nenhum dos dois sequer titubeou, pensou em perguntar onde ficava o tal Rio Juruá, qual seria a duração da missão nem quais os meios seriam empregados, eles estavam simplesmente prontos - “De Pé e à Ordem”.
Nas duas últimas descidas (Rio Amazonas - 2010/2011, 851 km e Rios Madeira/Amazonas - 2011/2012, 2.000 km) contei com o apoio irrestrito da valorosa Tropa de Elite do Barco a Motor (B/M) Piquiauba da qual faziam parte além do Mário e do Marçal os Soldados Walter Vieira Lopes e Edielson Rebelo Figueiredo. Como esta missão é muito longa, quase sete meses, em um Rio que apresenta problemas de navegabilidade para embarcações maiores em determinados trechos, estou prevendo o apoio de uma “voadeira” com motor de rabeta de no máximo 5,5 HP com apenas dois militares para não desfalcar, por demais, o efetivo do Grupo Fluvial do 8° BEC.
A pronta resposta de meus caros amigos paraenses me fez engarupar na anca da história e lembrar os velhos tempos de aluno do Colégio Militar de Porto Alegre quando ouvi encantado, pela Rádio Guaíba, o relato denominado “Mensagem a Garcia”. A reportagem enaltecia a figura ímpar do Coronel Andrew Summers Rowan (1857-1943) que cumpriu, sem pestanejar, a missão de encontrar e entregar uma mensagem do Presidente norte-americano William Mac Kinley (1843-1901) ao insurreto Major-general cubano Calixto Ramón García Iñiguez (1836-1898).
– Mensagem a Garcia
Fonte: Elbert Hubbard, fevereiro de 1899
(...) Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava aos americanos era comunicar–se, rapidamente, com o chefe dos revoltosos – chamado Garcia – que se encontrava em uma fortaleza desconhecida, no interior do sertão cubano. Era impossível um entendimento com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente precisava de sua colaboração, e isso o quanto antes. Que fazer? Alguém lembrou: Há um homem chamado Rowan... e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, esta pessoa é Rowan.
Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá–la a Garcia. Não vêm ao caso narrar aqui como esse homem tomou a carta, guardou–a num invólucro impermeável, amarrou a ao peito e, após quatro dias, saltou de um pequeno barco, alta noite, nas costas de Cuba; ou como se embrenhou no sertão para, depois de três semanas, surgir do outro lado da Ilha, tendo atravessado a pé um país hostil, e entregue a carta a Garcia.
O ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan uma carta destinada a Garcia; Rowan tomou–a e nem sequer perguntou:
Onde é que ele está?
Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze e sua estátua colocada em cada escola. Não é só de sabedoria que a juventude precisa... Nem de instruções sobre isto ou aquilo. Precisa, sim, de um endurecimento das vértebras para poder mostrar–se altiva no exercício de um cargo; para atuar com diligência; para dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.
O General Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias. A nenhum homem que se tenha empenhado em levar adiante uma tarefa em que a ajuda de muitos se torne precisa tem sido poupados momentos de verdadeiro desespero ante a passividade de grande número de pessoas, ante a inabilidade ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada tarefa... e fazê–la. A regra geral é: assistência regular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho malfeito. (...)
Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha, fazendo o que deve ser feito, melhorando o que pode ser melhorado, ajudando sem exigir ajuda. É o homem que, ao lhe ser confiada uma carta para Garcia, toma a missiva e, sem a intenção de jogá–la na primeira sarjeta, entrega–a ao destinatário. Esse homem nunca ficará “encostado”, nem pedirá que lhe façam favores. A civilização busca ansiosamente, insistentemente, homens nessa condição. Tudo que tal homem pedir, se lhe há de conceder. Precisa–se dele em cada vila, em cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina, em cada loja, fábrica ou venda. O grito do mundo inteiro praticamente se resume nisso:
“PRECISA–SE – E PRECISA–SE COM URGÊNCIA – DE UM HOMEM CAPAZ DE LEVAR UMA MENSAGEM A GARCIA”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário