Cruzeiro do Sul a Marechal Thaumaturgo
Hiram
Reis e Silva, Marechal Thaumaturgo, Acre, 16 de dezembro de 2012.
Concluída
a manutenção das embarcações e feitos os devidos reparos no “Cabo Horn” que apresentava sérias
avarias na quilha da proa e no convés de Boreste na altura do “cockpit”. Providenciei o material
necessário, fibra, resina, catalisador e o Mário remendou-o de maneira a
suportar a nova empreitada.
- Partida
de Cruzeiro do Sul (15.12.2012)
Partimos
somente às 06h30, uma navegação por águas desconhecidas com a descida de
troncos arrastados pela torrente e imensas praias a pouco submersas pelas águas
não recomendavam uma saída às escuras. Desde o início sentimos que o rendimento
da lancha “Mirandinha” estava muito
aquém do esperado, mas consideramos que era em decorrência da carga e a força
da correnteza do Rio Juruá.
Paramos
em Rodrigues Alves
depois de navegar 26 km
e compramos 20 litros
de combustível a 80 Reais. Durante a viagem não tivemos maiores imprevistos
exceto a falta de rendimento da lancha. Foram 170 km de deslocamento e 170 litros consumidos, o
abastecimento em
Rodrigues Alves foi providencial, caso contrário teríamos
ficado pelo caminho.
Aportamos
em Porto Walter
para abastecer e pernoitar. Paguei 600 Reais por 150 litros de gasolina
sem contar com o óleo dois tempos. Liguei para o “190”
pedindo apoio de nossos fiéis amigos da Polícia Militar. Imediatamente o 1º
Sargento PM Antonio Vieira da Silva, Comandante do 3º Pelotão de Porto Walter,
subordinado ao 6º Batalhão de Cruzeiro do Sul, desencadeou uma verdadeira
operação de resgate para nos atender. Mais uma vez, eu e minha equipe, tivemos
o privilégio de contar com o apoio destes laboriosos amigos que,
independentemente do Estado da Federação a que pertencem, sempre nos receberam com
muita cordialidade.
Adquirimos,
em Porto Walter ,
uma nova hélice depois de testá-la e verificar que o rendimento da embarcação
havia melhorado sensivelmente. No deslocamento para Marechal Thaumaturgo a
velocidade média que era de 18km/h passou para 32km/h com uma queda de 50% do
consumo de combustível.
- Destacamento
Mal Thaumaturgo de Azevedo
A
viagem transcorreu sem maiores alterações e como no dia anterior eu aproveitei
para ir comparando as fotografias aéreas com o terreno. Verifiquei que algumas
comunidades importantes simplesmente não constavam dos mapas e outras estavam
muito deslocadas do local que lhes era atribuído. Depois de cinco horas de
deslocamento sem maiores incidentes aportamos na Foz do Amônea onde contatamos
o pessoal do Destacamento.
O
Tenente Santiago e o Sargento Wanderley foram incansáveis. Fomos abrigados e
alimentados e aguardamos o abastecimento da “Mirandinha” para no dia seguinte partirmos para a Foz do Breu.
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